segunda-feira, 22 de março de 2010

Brasão cai nas graças da torcida



Atacante fez dois gols ontem e é um forte candidato a ídolo no Arruda
Léo Lisbôa FP.
“Não falaram que eu era marqueteiro, olha eu aí”. Foi com essa frase, antes mesmo de se sentar na cadeira para falar com a Imprensa, que o atacante Brasão chegou à sala de entrevistas no Arruda. A resposta de Brasão aos críticos veio dentro de campo. Após escutar de parte da mídia pernambucana que ele tinha mais marketing que futebol, o candidato a ídolo tricolor marcou dois belos gols no Clássico das Emoções de ontem e se alguém ainda tinha alguma dúvida, caiu de vez nas graças da torcida coral. Ontem, após o apito final do árbitro Nielson Nogueira, o atleta, que havia recebido um cartão vermelho ao comemorar de forma exagerada o seu segundo gol, voltou ao gramado para celebrar o momento com o público, carregando até uma bandeira que estava na arquibancada.


“Mais bonitos não foram os gols e sim o empenho de todos os jogadores dentro do jogo. Tivemos um apagão durante a partida, mas conseguimos mostrar superação e chegar à vitória. O grupo não merecia o empate. Quero agradecer a todos, da comissão técnica à direção do clube, que se esforçaram bastante para pagar os salários na sexta-feira. Peço até desculpas pela expulsão, pois naquele momento deixei a equipe com um jogador a menos. Eles foram guerreiros e seguraram a vitória”, afirmou Brasão.



O atacante mostrou-se bastante ressentido com parte da Imprensa. Depois de uma estreia no Arruda impactante, quando marcou dois gols, ele chamou a atenção da torcida. No confronto seguinte, Brasão fez mais um, dessa vez de falta, e na hora da comemoração, carregou uma bandeira do Santa Cruz. Foram necessárias duas atuações apagadas para que jornalistas começassem a falar que o jogador era mais marketing do que futebol. “Se eu fosse marqueteiro, estaria em outra profissão e não como jogador de futebol”, disse. Ao comemorar o seu primeiro gol na partida, ele voltou a inovar. Ao festejar, Brasão mostrou um pôster com uma foto da filha, e uma charge sua.



Antes do Clássico das Emoções, para evitar polêmica, o atacante se negou até a conceder entrevistas. Quando o assunto era algo relacionado ao adversário, ele preferia focar no Santa Cruz, para que ninguém do Náutico pudesse alegar alguma provocação. “Eu cheguei aqui calado e vou continuar calado. Vim para jogar futebol. Quero apenas jogar bola e fazer gols”, declarou o atacante.

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